Apenas monitorado

Justiça manda soltar delegado acusado de envolvimento com bicheiro

Foi determinado uso de tornozeleira e recolhimento noturno

Delegado foi preso em maio de 2022 na  operação Calígula
Delegado foi preso em maio de 2022 na operação Calígula |  Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro emitiu uma ordem de soltura para o delegado Marcos Cipriano, que havia sido detido em maio de 2022 durante a operação ''Calígula'', que tinha como alvo a investigação da exploração ilegal de jogos de azar por parte do bicheiro Rogério Andrade.

O juiz responsável pela decisão, Richard Robert Fairclough, enfatizou a importância da igualdade de tratamento em relação a outros acusados em situações semelhantes. Ele argumentou que a prisão preventiva não era mais indispensável para manter a ordem pública.

No entanto o juiz determinou que o delegado fosse submetido a monitoramento eletrônico e cumprisse recolhimento noturno, bem como durante os fins de semana e feriados.

De acordo com o Ministério Público Estadual, Cipriano e outras pessoas detidas na operação faziam parte da quadrilha liderada por Rogério de Andrade. Foi alegado que o PM reformado Ronnie Lessa, que também enfrenta acusações relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, estava envolvido na mesma organização criminosa.

Os promotores que conduziram a investigação sobre Cipriano afirmaram que ele teria intermediado um encontro entre Lessa, a delegada Adriana Belém e o inspetor de polícia Jorge Luiz Camilo Alves.

Nesse encontro, teria sido discutida a operação de retirada de aproximadamente 80 máquinas caça-níqueis que haviam sido apreendidas em um estabelecimento de apostas pertencente a Rogério de Andrade, localizado no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. 

Durante a operação, os investigadores também encontraram uma cópia da ordem de prisão do delegado em sua residência. Isso levantou suspeitas de que informações sobre a operação poderiam ter sido vazadas. O Ministério Público do Rio de Janeiro estava conduzindo uma investigação para determinar as circunstâncias desse possível vazamento.

Em dezembro, Cipriano foi transferido para um presídio de segurança máxima em Bangu. A transferência ocorreu após ele ser flagrado usando um celular para se comunicar com sua esposa Daniela dos Santos Rebelo Pinto, que também é delegada. 

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